Um mar de fogueirinhas

Ou como manter acesa a vontade de escrever

Foram 10 turmas neste ano, mais de 200 pessoas estudando juntas nos meus cursos. Falamos de crônicas, poesias, nos reunimos para estudar como publicar um livro, discutimos o erro na criação, ideias para destravar, voltamos à poesia e à crônica. Também nos encontramos na segunda edição da Balsa... Foi um ano bonito, uma jornada tanto para quem já gosta de escrever quanto para quem começou a desenvolver o gosto pela palavra. Que ano!

Fico emocionado ao ver quantas pessoas amigas fiz através da escrita, quantos projetos saíram do papel, quantos livros foram finalizados, quantas mentorias bonitas — algumas ainda em progresso, poderosas.

No ano passado, para encerrar o ciclo de estudos com a escrita aquecida, criei a primeira edição da Fogueirinha, inspirado num texto que amo, de Eduardo Galeano:

Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.
— O mundo é isso — revelou — Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.

Uma ideia que nasceu do desejo de formar uma roda, ainda que virtual, de pessoas que escrevem — iniciantes ou experientes — para manter a escrita em movimento. Como o nome sugere, a Fogueirinha é uma roda de muitas fogueiras, para manter acesa nossa vontade de escrever, avançar e aprender mais. Durante 4 noites, nos juntamos para ler os textos produzidos pelos alunos, analisar, trocar ideias e aprender juntos. Na escrita é assim, a gente aprende mais ao enxergar outros caminhos, outras possibilidades. Abrimos portas que nem sabíamos que existiam e renovamos o ânimo para escrever.

Este ano, decidi realizar a segunda edição da Fogueirinha e transformar essa roda numa tradição, num evento literário. Mais do que um curso, a Fogueirinha é uma roda de escrita, um espaço para quem, assim como eu, sente que a palavra se fortalece no encontro com outras vozes. É uma oportunidade de manter viva a vontade de criar, aprimorar a escrita e se preparar para o ano que vem com novas inspirações.

Como funciona?
A cada noite, lemos os textos que vocês me enviam (até uma página de Word), discutimos ideias e seguimos com um bate-papo que amplia o aprendizado de todos. No final de cada encontro, deixo algo para refletir e levar para a próxima noite.

Para quem?
A Fogueirinha é aberta a todos que gostam de escrever. Não importa o nível de experiência, o que conta é estar aberto ao encontro e à partilha. No coletivo, nossa escrita ganha novos sentidos e a troca de ideias nos amadurece juntos.

Datas e horários:
19, 21, 26 e 28 de novembro | Terças e quintas | 19h30 às 21h30
Os encontros serão ao vivo, via Zoom, mas ficarão gravados para quem precisar rever ou não puder participar ao vivo.

Valor:
R$ 390,00 para as primeiras inscrições.
Ex-alunos podem usar o cupom de desconto para garantir mais 10%. Peça-me por e-mail ou direct nas redes.

Se sentir que este é o momento de aquecer sua escrita e participar de uma roda onde a palavra é compartilhada e celebrada, será um prazer te encontrar na Fogueirinha 2024.

Te espero por lá!
Luca Brandão

Fogueirinha. Saiba mais aqui e reserve sua participação > > >
www.lucaoescritor.com/cursos